Garrafas PET são matéria-prima da decoração Carnavalesca

Ruas por onde passarão os principais blocos carnavalescos de João Pessoa receberão ornamentação a partir deste domingo (27).

Arte, reaproveitamento e folia darão o tom dos festejos carnavalescos de João Pessoa. De acordo com a assessoria da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), a partir de amanhã, os principais corredores do Carnaval receberão a ornamentação que usa como principal matéria-prima o plástico de garrafas que costumam ser descartadas no lixo. Na capital, o destino de 40 mil garrafas pet – recolhidas através da coleta seletiva por equipes de reciclagem da Emlur – será decorando as ruas por onde passarão os principais blocos da cidade.

Responsável pela criação, desenvolvimento e conceito da decoração carnavalesca, o artista multivisual Elioenai Gomes desenvolve pesquisas em reciclagem desde 2004. Artista plástico há 28 anos, Elioenai conta que a ornamentação no Carnaval Tradição traz como referência a diversidade das cores e culturas.

“Para fugir do óbvio, que seriam os instrumentos musicais, decidimos trabalhar as diversidades das cores e também signos e ícones inspirados nos primeiros povos do planeta. O plástico é o elemento chave da ornamentação”, explica. Para produzir o material necessário, 200 pessoas estão envolvidas no projeto nos setores de execução, montagem, logística e coordenação.

A previsão, conforme relatou, é que a instalação das peças seja concluída até a próxima quinta-feira. O Ponto de Cem Réis, a rua Duarte da Silveira (local do desfile do Carnaval Tradição), Ladeira da Borborema, Praça Antenor Navarro, Parque Solon de Lucena (Lagoa) e avenida Epitácio Pessoal, corredor da folia até o Busto de Tamandaré receberão a decoração carnavalesca. As peças, que incluem mandalas e outros símbolos que serão instalados no corredor da folia, vêm sendo produzidas há quinze dias em três pontos diferentes, sendo a maior concentração de produção no ateliê do artista, localizado na ladeira da Borborema, no Centro. “Além do ateliê, as peças estão sendo confeccionadas no Fantástico Clube, em Mangabeira, e na Emlur. O pessoal responsável pela montagem são moradores da região do Varadouro, que participam de um projeto social e oficina artística”, aponta.

Segundo Elionai, o processo de reaproveitamento do plástico e demais materiais reciclados, assim como a aplicação desses itens transformados em arte, sobretudo na ornamentação de festas populares, gera uma discussão em torno da sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente.

“A criação deste tipo de ornamentação para festejos é voltada, principalmente para trazer à população a necessidade de redução de consumo, reutilização, reciclagem e promover o repensar. Passamos de um período de campanha eleitoral e queremos resgatar o carnaval da alegria, com a diversidade de cores. Não existe uma cor específica, todo o arco-íris será apresentado nas peças”, completa.

Fonte: Jornal da Paraiba
28 janeiro, 2013

Programa Compra de Lixo - Curitiba



A Prefeitura Municipal de Curitiba em 31 de janeiro de 1989, implantou o Programa "Compra do Lixo", em áreas onde havia seríssimos problemas ambientais devido a falta de coleta de lixo.
A principal causa desta deficiência, era em função das áreas serem desurbanizadas e de difícil acesso aos caminhões da coleta por tratar-se de encostas de morros, fundos de vale e favelas com ruas muito estreitas.


O Programa Compra do Lixo, constitui-se numa forma alternativa de Coleta Domiciliar, destinada a atender as camadas menos favorecidas da população.
A Prefeitura Municipal de Curitiba, realizou diagnóstico nas áreas, que demonstrou: : 
  • excesso de lixo depositado a céu aberto, em valetas, vias públicas, fundos de quintais, terrenos baldios e fundos de vale.
  • alta incidência de doenças veiculadas por moscas, ratos e outros vetores, atingindo principalmente a população infantil; 
  • o saneamento básico era inexistente.
Funcionamento
Uma equipe de Educação Ambiental da Prefeitura entra em contato com a comunidade, com objetivo de organizá-la.
Criada a Associação de Moradores, é firmado um convênio entre Prefeitura e Comunidade, a qual torna-se responsável pela distribuição dos sacos plásticos e pelo controle do número de sacos depositados na caçamba por família participante do Programa.
A Prefeitura instala uma caçamba estacionária com capacidade de 7m3 em local previamente determinado, e entrega à Associação, quinzenalmente, sacos de lixo com capacidade de 60 litros para captação e acondicionamento dos resíduos.
Para cada saco de lixo contendo de 8 a 10 Kg de resíduos depositados na caçamba, o participante recebia um vale-transporte.
A partir de julho de 1991, a Prefeitura, visando auxiliar os pequenos produtores da Região Metropolitana de Curitiba e Litoral, passa a adquirir o excedente de suas safras através do convênio firmado com a FEPAR - Federação Paranaense das Associações dos Produtores Rurais. Naquele momento substituímos o vale-transporte por produtos hortifrutigranjeiros da época.
A Associação de Moradores, pelo trabalho de parceria com a Prefeitura, recebe 10% do valor pago por cada saco de lixo depositado na caçamba. Este dinheiro é depositado em conta corrente bancária em nome da Associação, que utiliza este recurso em obras ou serviços definidos pela própria comunidade.
Sistema de Pagamento
Quem deposita de 1 a 4 sacos de lixo na caçamba, recebe uma sacola simples, que contêm apenas um tipo de produto (ovos, maçã, banana, repolho, etc.), valor de R$ 0,53 (cinqüenta e três centavos).
Quem deposita 5 sacos de lixo na caçamba, recebe uma sacola composta, o que equivale a 5 x R$ 0,53, esta sacola contém (arroz, feijão, mel, batata, cenoura, cebola, alho, doce em pasta, etc.)
Os produtos são escolhidos de acordo com a demanda de mercado, e leva-se em conta o valor nutritivo e energético dos alimentos.
Benefícios do Programa: 
  • limpeza total de áreas a curto prazo, diminuindo sensivelmente a incidência de doenças causadas por vetores;
  • nos locais onde havia depósitos de lixo a céu aberto, as comunidades utilizaram este espaço para execução de hortas comunitárias; 
  • possibilitou o manejo correto dos resíduos e seu devido acondicionamento, evitando a exposição do lixo, mesmo durante os intervalos de coleta; 
  •  maior integração cidadão município na solução dos problemas da comunidade; 
  • auxílio no escoamento da safra dos hortigranjeiros produzidos na região metropolitana de Curitiba e litoral, e 
  • enriquecimento da alimentação das famílias mais carentes de nossa comunidade.

Catando e Sugando Lixo no fundo do mar

Ajude Bob Esponja e Patrick a se livrar do lixo não reciclado! Bob esponja tem que catar o lixo, isso é um desafio na verdade para ele recolher as bolhas sujas do oceano. Use o super coletor de pó debaixo d'água para ajudar o bob esponja e patrick nessa sua tarefa. Você pode ajuda-los a manter o oceano limpo?

O que fazer com o lixo?


Você já parou para pensar no que acontece com o lixo depois que você o coloca na lixeira? A partir da sua lixeira, veja os vários caminhos que o lixo percorre, de acordo com o modo como ele é coletado e o local de disposição final.

Coleta Tradicional
Normalmente, o seu lixo é recolhido e levado para um depósito onde os materiais que poderão ser reaproveitados são separados. O que não servir poderá ser levado para um aterro sanitário controlado ou simplesmente ficar exposto ao ar livre em um lixão, que é, com certeza, a pior alternativa: o lixo que fica ali causa problemas à saúde, como aumento de animais que transmitem doenças (como as moscas, os mosquitos, baratas e ratos), geração de mau cheiro e, principalmente, a poluição do solo e das águas através do chorume (líquido de cor preta, mau cheiroso e altamente poluidor, produzido pela decomposição da matéria orgânica que existe no lixo). O chorume pode colocar em risco o solo e os recursos hídricos da região!

Coleta Seletiva

É um sistema de recolhimento do lixo em que materiais como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos são separados para serem reciclados.
Esse tipo de coleta protege o solo, diminui a poluição, reduz os custos com a limpeza urbana e funciona também como um processo de educação ambiental, pois mostra para a comunidade os problemas do desperdício dos recursos naturais (como a água e a energia, por exemplo) e da poluição causada pelo lixo.

Como funciona a coleta seletiva?

Porta a porta – Caminhões coletores vão até as casas e prédios em dias e horários combinados, que não sejam junto com os da coleta normal de lixo. Os moradores colocam o lixo reciclável nas calçadas;

PEV (Postos de Entrega Voluntária) – Pequenos depósitos para onde a pessoa, por vontade própria, leva os recicláveis;

Postos de troca – Troca do material a ser reciclado por algum bem (por exemplo, você leva 20 latinhas a um posto e recebe um brinde);

PICs (Programa Interno de Coleta Seletiva) – Feito nas empresas, em parceria com associações de catadores de lixo.

Quais os benefícios da coleta seletiva?

Ajuda a diminuir a retirada de recursos naturais do meio ambiente (porque o produtor reutiliza, por exemplo, o alumínio da latinha reciclada, ao invés de ir buscar mais alumínio na natureza);
Ajuda a diminuir a poluição do solo, da água e do ar;
Economiza energia e água;
Ajuda a conserva o solo (evitando a nojeira dos lixões e a poluição que eles causam, por exemplo);
Diminui os custos da produção do produto, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias;
Ajuda a cidade a ficar mais limpa e higienizada;
Diminui os gastos com a limpeza urbana;
Gera emprego e renda para muitas pessoas, que vendem e compram os recicláveis.


Lixo pela janela


Jogar lixo pela janela do veículo é um hábito muito comum, porém, além de ser falta de educação e poluir o meio ambiente, esta atitude é uma infração de trânsito e pode causar acidentes.

Segundo o CTB, no art. 171: “Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou veículos, água ou detritos”; e art. 172: “Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias”. Para ambos: Infração – média (4 pontos na carteira); Penalidade – multa (R$ 85,13)

Alguns exemplos do que o lixo atirado pela janela pode causar:

- Jogar nas vias papéis, plásticos, restos de alimentos etc. polui rios, causa entupimento dos sistemas de drenagem e poluição visual.

- Uma latinha de refrigerante pode atingir o pára-brisa do veículo que está atrás e provocar o descontrole da direção. Atenção! Em rodovias o acidente pode ser mais grave, pois as velocidades praticadas são maiores que nas vias urbanas.

- Pontas de cigarro lançadas às margens da rodovia podem gerar faíscas que causarão incêndios na mata lindeira. A vegetação será prejudicada e a fumaça pode atrapalhar a visibilidade provocando graves acidentes.

- Alguns materiais necessitam de locais específicos para serem depositados, pois oferecem risco de contaminação (como baterias de celular, em função da radioatividade e pilhas, por serem metais pesados) ao entrarem em contato com o solo podem liberar substâncias que poluem o solo e rios.

- Pode causar enchentes em vias urbanas, provocadas pelo acúmulo de lixo em bueiros ou próximo aos rios e lagos.

Além disso, é importante lembrar que alguns materiais levam muito tempo para se desfazer na natureza. Veja abaixo:

TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DE RESÍDUOS

Papel: 3 a 6 meses
Jornal: 6 meses
Palito de madeira: 6 meses
Ponta de cigarro: 20 meses
Nylon: mais de 30 anos
Chicletes: 5 anos
Pedaços de pano: 6 meses a 1 ano
Fralda descartável biodegradável: 1 ano
Fralda descartável comum: 450 anos
Copos de plástico: 50 anos
Lata de aço: 10 anos
Tampas de garrafa: 150 anos
Isopor: 8 anos
Plástico: 100 anos
Garrafa plástica: 400 anos
Pneus: 600 anos
Vidro: 4.000 anos


Boas iniciativas

Em algumas rodovias concessionadas do país temos bons exemplos de ações que auxiliam na coleta de resíduos sólidos, como: instalar lixeiras, divulgar mensagens educativas e distribuir sacolas para o lixo próprias para carros.

Deposite todo o lixo em local apropriado e não atire qualquer resíduo nas margens das vias. Tenha sempre em seu veículo sacolas para jogar o lixo que você produzir.