Quando o Lixo Vira Dinheiro





A Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (Catar) é uma cooperativa do Acre  que trabalhar com reciclagem de lixo. Existente desde 2005, ela é resultado de parceria entre diversos catadores de lixo e a prefeitura de Rio Branco. Hoje, 37 catadores são beneficiados pelo projeto, que funciona de maneira simples: as pessoas acumulam o material e o Catar recolhe nas casas, calçadas, pontos e instituições, para então prensá-lo e comercializá-lo.

Qual o destino do seu lixo?



O galpão ocupado pelo Catar no Distrito Industrial de Rio Branco consegue juntar de 10 a 12 toneladas de material reciclável mensalmente. Plástico, metal, vidro, papel, ferro, cobre e baterias são vendidas a R$ 0,40 o quilo para os vendedores. Há planos maiores para o futuro, como montar uma rede de artesanato e uma fábrica de sabão aproveitando o óleo. O Catar ainda está engatinhando, mas as expectativas são enormes.


Francisco Martins, catador há  mais de seis anos, foi quem recebeu o convite de ajudar a fundar o Catar para melhorar a condição de vida e renda dos catadores da capital. “O que mudou? A vida melhorou. Antes era avulso, não tínhamos um reconhecimento organizado”, diz Francisco Martins. “Hoje, mesmo organizados e com técnicas, ainda somos discriminados porque mexemos com lixo. O catador ainda é visto como um mendigo pelas pessoas”, desabafa.


Atualmente, o Catar conta com quatro funcionários. As conquistas já foram bastante importantes. Conseguiram um preço maior e a prefeitura ajuda com fardamento e equipamento. “Nós nos sentimos honrados, porque é um trabalho digno. Fazemos bem para a cidade e para o mundo”, reforça Martins. Empresas e entidades também podem ser parceiras, separando o lixo reciclável e apenas comunicando o Catar para que eles passem e recolham todo o material. Desse trabalho, a cooperativa conquistou o Prêmio Sempre 2010 de melhor cooperativa da Região Norte.


E enquanto o Catar comercializa o lixo reciclável dos catadores de ruas, é à Utri (Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos) que chega a coleta seletiva feita nas residências da cidade. Lá funciona uma outra parte do Catar, onde seis mulheres realizam a triagem dos materiais recicláveis, separando, prensando e vendendo-os. Angélica Alves, há um ano na cooperativa, diz: “Gosto de trabalhar com reciclagem. Tem gente que diz que é coisa de mendigo, e eu fico com muita raiva. É um trabalho muito digno, melhor do que não fazer nada”.


fonte: http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=1300

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